Antes de começar. Parabéns!
Você já economizou escolhendo trabalhar com Alvenaria Racional.
A Alvernaria Racional é uma atividade construtiva que permite a redução de até 20% do custo total das obras habitacionais e comerciais.
Vantagens da Alvenaria Estrutural Racionalizada
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Menor preço
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Uniformidade de absorção e dimensões
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Maior conforto térmico
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Eliminação de formas
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Redução do volume de concreto e aço
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Melhor aproveitamento interno que as estruturas de concreto (inexistência de requadrações de vigas e pilares)
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Expessuras mínimas de revestimento
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Maior produtividade da mão de obra
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Emite 83% menos gases de efeito estufa que blocos fabricados em concreto
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Consome 43% menos de recursos naturais não renováveis que os blocos fabricados em concreto
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Consome 84% menos água na execução da parede que seus similares de concreto
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Economia no custo final da obra
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Mais sobre as vantagens da Alvenaria Estrutural Racionalizada
O conhecimento técnico e prático na execução de alvenarias com elementos cerâmicos apresenta segurança, economia e praticidade no seu uso.
As obras usuais, executadas em concreto armado, necessitam de múltiplas etapas que exigem tempos e um grande volume de materiais. Na alvenaria estrutural a redução do número de materiais empregados e otimização da mão de obra é sensivelmente menor.
No caso de estruturas de concreto armado para uma análise comparativa listamos resumidadamente a sequência da execução de um canteiro de obras.
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Confecção das formas de madeira para os pilares
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Confecção da armação dos pilares com aço de vários tipos de bitolas
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Colocação e posicionamento da armação na forma
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Preenchimento da forma pelo concreto
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Confecção das vigas seguindo os itens acima
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Retirada das formas e escoramento após 21 dias mínimos
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Descarte da madeira
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Confecção das paredes
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Aplicação de chapisco, massa grossa e massa fina para a execução do revestimento
A sequência para a execução das estruturas em alvenaria é bem mais simples e reduzida. Com apenas duas etapas dá-se o processo construtivo. Listamos.
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Confecção das paredes
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Aplicação dos revestimentos com espessuras mínimas
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O Bloco Cerâmico City
O Bloco Cerâmico estrutural da Cerâmica City é fabricado a partir da mistura de nossa principal matéria prima, a argila. O nosso "blend" ou a nossa mistura é levada ao processo de extrusão e corte. Em seguida os blocos seguem para serem queimados em um forno túnel, especialmente construído para essa atividade e capaz de produzir temperaturas que variam entre 800ºc a 1100ºc graus (​​Celsius). O nosso rigoroso controle de temperatura produz uma queima uniforme, garantindo blocos com adequada resistência mecânica e regularidade dimensional.
Na atividade de alvenaria estrutural, os blocos representam em média 90% do volume de alvenaria, sendo em grande parte responsáveis pelas características relacionadas à resistência, estabilidade, acústica e proporção das medidas das paredes. Sendo mais leve, o Bloco City proporciona maior produtividade da mão de obra quanto à execução das atividades construtivas.
Sob o ponto de vista ambiental o Bloco City possui as seguintes características sustentáveis:
No resultado construtivo
As paredes construídas por nossos blocos cerâmicos emitem 83% menos gases de efeito estufa e necessitam de 84% a menos de água para serem construídas em comparação com paredes feitas com blocos de concreto.
Na sustentabilidade de nossa produção
Nossa produção industrial minimiza o impacto ambiental e consolida diretrizes de sustentabilidade nas atividades de extração de matéria prima, no uso das fontes energéticas para a produção, na reutilização da água, na reciclagem e no reaproveitamento de resíduos.
No reciclo
A City tem 100% de sua extração de matéria-prima rigorosamente em conformidade com a legislação brasileira e recicla 100% dos seus resíduos de produção.
Na redução de emissão de CO2
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Além disso, o peso reduzido dos nossos componentes cerâmicos quando comparado a outros sistemas construtivos, permite otimizar as operações de transporte da fábrica até o canteiro de obras reduzindo a emissão de CO2 nessas etapas.
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Tô Construindo
Aprofundando nossos temas e conteúdos da série.
Modulação Dimensões e espessuras
Antes de começar a construir entenda sobre as principais dimensões e espessuras dos blocos cerâmicos disponíveis no catálogo da City.
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Para uma boa execução de um projeto de Alvenaria Estrutural é preciso considerar o mínimo de perdas com quebras de blocos cerâmicos. Para evitar que isso aconteça é necessário que as dimensões do projeto arquitetônico sigam o padrão modular, ou seja, tenham medidas múltiplas e ajustadas à dimensão padrão dos blocos a serem utilizados. Sendo a parte fundamental no projeto arquitetônico, será a modulação responsável pela racionalização e por consequência do índice de produtividade da edificação. Simplificando a execução do projeto, permitindo a padronização de materiais e procedimentos de execução, controle e gestão de todo o ciclo construtivo.
A Família de Blocos da City possui um adequado conjunto de componentes necessários à construção das alvenarias e amarrações. Com a caraterística comum de terem a mesma largura de fabricação (19cm), ilustramos nesse quadro algumas de nossas famílias de blocos relacionando dimensões de fabricação, dimensões modulares e modulações quanto aos vãos das plantas arquiteturais.
Espessura de 7 cm
Espessura 9cm
Espessura 11,5cm
Espessura 14cm
Espessura 19cm
Quadro
Para "modular" as medidas da planta e estabelecer a dimensão do módulo construtivo, usualmente para a alvenaria estrutural convencionou-se a utilização da medida total do comprimento com o acréscimo de 1 centímetro em consideração à espessura da junta vertical.
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Para toda a nossa modulação vamos utilizar o Bloco City de 14x19x29. Vamos chamá-lo de 29!
Simplifique e economize tempo e dinheiro.
Defina a modulação correta antes de iniciar a sua obra.
Modulação - Juntas amarradas, amarração direta e indireta.
Sobre a planta baixa e com todas as medidas modulares, inicia-se a distribuição dos blocos da primeira fiada tomando-se como base uma extremidade. Segue-se desenhando sucessivamente a estrutura modular respeitando as medidas de comprimento e/ou altura somadas a 1 centímetro de junta até o encontro das paredes. Nesse momento deve-se obvervar a composição das amarrações diretas.
Para a ligação de duas paredes a melhor solução é a chamada amarração direta, onde é feito o intertravamento dos blocos.
Na amarração indireta a junta vertical do encontro de duas paredes fica "a prumo" sendo necessária a ligação com armaduras, constituídas por grampos metálicos ancorados e grauteados nos furos verticais dos blocos designados para a união das duas paredes. (imagem)
Modulação Horizontal - Bloco City 14x19x29
Esta modulação é sem dúvida a mais adequada e fácil de projetar e executar. Intuitiva, a largura do bloco é metade do comprimento e nos encontros de paredes de canto não se utiliza peças especiais. Para os encontros de paredes em "T" e em "X" utiliza-se o bloco de amarração 14x19x44.
Para modular vãos, devemos ter uma planta com as medidas modulares. Nesse exemplo temos medidas internas múltiplas de 15cm+1cm. Os vãos internos sempre terão medidas do tipo 2,41m, 2,71m, 3,01m. A figura abaixo ilustra a primeira fiada da modulação 15.
Veja na nossa série Tô Construindo o exemplo de primeira fiada utilizando bloco 14x19x29.
Modulação Horizontal - Bloco City 14x19x39
Nesta modulação a medida do comprimento do bloco não é proporcional à largura do mesmo. Para a amarração direta nos cantos é necessário o uso do bloco 14x19x34 e para a amarração direta no encontro em "T" utiliza-se o bloco 14x19x44, conforme demonstrado na figura abaixo.
Dica.
Essa solução pode ser aplicada para prédios, desde que, no dimensionamento, o calculista tenha verificado a possibilidade de trabalhar com argamassa de assentamento apenas nas paredes longitudinais dos blocos.
Modulação Vertical
Para a modulação vertical basta decidir pela aplicação do módulo de 20 cm (19cm +1cm) nas elevações de piso a teto ou piso a piso.
O encontro da Alvenaria Estrutural com a Alvenaria de Vedação
Para a flexibilidade de projetos arquiteturais os projetistas consideram algumas paredes como não participantes da estrutura construtiva. Chamadas de paredes de vedação, essas elevações não oferecem nenhum apoio para as lages no cálculo estrutural e servem para trazer alternativas de modulações internas gerando espaços ou alterando a estrutura interna de cômodos. Como essas paredes não participam e nem influenciam na estrutura da edificação elas podem ser removidas sem levar prejuízo estrutural ao edifício.
Para o encontro das "duas Alvenarias", Estrutural e Vedação, deverão ser executadas amarrações com ferragem de diâmetro 5.00mm ou 6.3mm distribuindo a aplicação a cada duas fiadas em formato L ou através de telas eletrossoldadas galvanizadas.
Documentação do Projeto
Para a melhor autonomia construtiva todo o projeto deve estar documentado com desenhos técnicos contendo plantas de fiadas diferenciadas e elevações.
As especificações também devem conter resistências e características de prismas e grautes, classe e categoria das argamassas, classe e bitola dos aços a serem adotados. Valores de resistências de blocos sugeridos com o objetivo de atingir à determinação das resistência de prismas.
Na documentação teremos:
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Modulação de blocos da primeira fiada de todas as paredes;
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Vãos de portas com medidas apenas das espaletas e dos vãos na primeira fiada;
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Detalhes de janelas, quadro de luz e outros dispositivos apresentados no detalhamento a partir da segunda fiada;
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Identificação e cotação de vãos a partir da escolha de uma das paredes laterais;
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Localização dos shafts;
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Identificação das paredes de vedação, quando existirem;
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Localização dos furos grauteados e indicação de armaduras;
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Diagonais do pavimento em escala reduzida para a conferência do esquadro;
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Localização dos blocos estratégicos;
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Legenda de blocos com desenhos, dimensões, representações na planta e denominação de forma;
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Detalhes em escalas apropriadas para os encontros de paredes.
Elevação / Paginação
Cada parede estrutural deve ser detalhada separadamente. Os desenhos devem indicar os tipos de blocos utilizados, amarração, posição das armaduras contrutivas, a locação exata dos vãos de portas e janelas.
A representação da vista frontal de paredes, chamaremos de elevação ou paginação, devem ser elaboradas contendo os elementos e seguindo as recomendações listadas a seguir:
Escala 1:25 em formato A4;
Identificar encontros de paredes;
Identificar vergas;
Plantas da primeira fiada das paredes;
Caixas elétricas e eletrodutos, com o respectivo dimensionamento.
Passo a passo para construir Alveraria Estrutural de Blocos Cerâmicos
Somente iniciar a execução da alvenaria de posse do projeto completo.
O contrapiso deverá esta concretado, já com as instalações colocadas e os arranques das armaduras verticais locados em suas posições corretas de acordo com o projeto estrutural.
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Argamassa para assentamento dos blocos
A argamassa recomendada para assentamento dos blocos é a argamassa mista de cimento e cal, onde se combina a resistência, dada pelo cimento, com a trabalhabilidade e retenção de água fornecida pela cal.
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Os valores da tabela são referências e não substituem os ensaios e recomendações de projetos.
Graute
O Graute é um micro concreto que serve para preencher as cavidades dos blocos, onde são acomodadas as armaduras verticais e as amarrações das paredes através de grampos. Serve também para suprir as deficiências locais da argamassa de assentamento ou dos blocos. Os valores constantes na tabela abaixo são indicativos e não substituem os ensaios e recomedações de projeto.
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Sugestão de graute para obras de pequeno vulto
1 saco de cimento
Até 3,5dm3 de cal
Até 88dm3 de areia (Dmáx=19mm)
Até 66dm3 de pedrisco(Dmáx=19mm)
Até 35l de água
Obra - marcação (primeira fiada) e elevação da alvenaria
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Sequência da marcação:
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Determinar a referência de nível
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Assentar blocos estratégicos
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Verificar medidas e esquadros
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Concluir a execução da primeira fiada
Determinar a referência de nível
Com auxílio de nível laser ou alemão, busca-se encontrar o ponto mais alto do pavimento. Deve ser assentado, primeiramente o bloco no ponto mais alto, com junta de 1cm utilizando-se argamassa de cimento e areia.
Assentamento de Blocos estratégicos
Os blocos estratégicos são os blocos de canto, encontros de paredes e blocos determinantes das aberturas de portas. Tomando como referência o topo do primeiro assentado para a referência de nível e empregando-se a mesma argamassa, os demais blocos de canto devem ser assentados, nivelados e aprumados, através das linhas, passando pela face externas dos mesmos que servirão como o esquadro da obra.
No caso da obra possuir recortes, pode-se dividir a obra em dois ou mais esquadros e inserir blocos auxiliares para a linha ser esticada.
Notar que os blocos dos 4 cantos definem, assim, a origem de todas as medidas. As cotas fornecendo a locação de cada bloco estratégico, sempre se dão a partir dos cantos extremos, ou em relação aos eixos principais de referência e devem ser sempre cotas acumuladas, para que não ocorram erros acumulativos.
A partir desses primeiros blocos assentados, locar os demais blocos estratégicos, utilizando-se a linha ou com pó colorido para marcar sobre o pavimento a direção das paredes.
Verificando as medidas e esquadros dos pavimentos
Atentar para a colocação da obra no esquadro.
No momento de verificar as medidas e o esquadro do pavimento, deverá ser utilizada a planta de primeira fiada. Para a verificação do esquadro, devem se comparar as medidas das diagonais que deverão ser idênticas. O projeto deve apresentar em escala reduzida as medidas das diagonais dos quadros para verificação do esquadro.
Execução da primeira fiada
Deve-se molhar a loje ou baldrame e aplicar a argamassa da primeira fiada de blocos em contato com a laje com colher de predeiro e em toda a extensão do bloco, não apenas os filetes. Verificar a seguir as toler6ancias quanto ao prumo, nível e alinhamento.
Elevação
O serviço de elevação da alvenaria inicia-se a partir da execução da segunda fiada. Convém lembrar ainda que nessa etapa já se assentam blocos com caixas elétricas destinadas, entre outros fins, as tomadas e interruptores, cujas posições são indicadas também no desenho de paginação das paredes.
Colher de pedreiro
Pode ser empregada, mas a colher produz filetes de argamassa de espessura variável (aumentado o consumo) e a produtividade no assentamento é geralmente baixa.
Bisnaga
Utilizada na aplicação da argamassa de assentamento e preenchimento das juntas verticais, produz um filete de espessura uniforme com baixa perda de material de alta produtividade, contudo, a argamassa a ser utilizada deve ser do tipo "industrializada" com maior conteúdo de aglomerantes para facilitar a extrusão ou dosada em obra com o uso correto de aditivos e granulometrias adequadas.
Colher Meia Cana
Também utilizada para a aplicação da argamassa de assentamento e preenchimento das juntas verticais, produz filete uniforme com excelente produtividade.
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Paleta
Ferramenta de madeira metálica, cuja finalizade também é a de aplicar a argamassa de assentamento. Com ela, porém, só se consegue aplicar argamassa nas parees lingitudinais dos blocos.
As ferramentas e equipamento usualmente empregados para auxiliar a execução da alvenaria são:
Régua de bolha (prumo e nível)
Geralmente feita em alumínio, com até 2m de comprimento, serve para verificar o prumo, planicidade da parede e nível da fiada. Uma das principais ferramentas para garantir a qualidade das paredes.
Carrinho com Masseira
Masseira montada sobre base móvel regular, proporciona uma postura ergonômica ao pedreiro com aumento da produtividade na execução do serviço.
Carrinhos para blocos
Proporcionam maior rapidez no transporte e evitam quebras dos blocos.
Escantilhão
São fixadas nas lajes, garantindo prumo e planeza.
Andaime
Possui alturas reguláveis, com travamento adequado, proporcionando uma pssarela contínua ao longo da alveraria.
Nível Alemão
O princípio de funcionamento é semelhante ao nível da mangueira, porém é manuseado por apenas um profissional, racionalizando as operações de nivelamento.
Balde de Graute
Agiliza o processo de preenchimento do graute, possui alças devidamente posicionadas, para reduzir o esforço do operário e elimina o desperdício de material.
Gabarito de portas e janelas
Ajustáveis na largura e altura, oferecem vãos precisos para a instalação das portas e janelas.
Os equipamentos utilizados e mais comuns são:
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Martelo de borracha: Utilizado para bater sobre o bloco até que atinja sua posição final na fiada.
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Esquadro: empregado para conferir a perpendicularidade das paredes e durante a marcação da posição dos blocos estratégicos;
Trena: para a locação dos blocos estratégicos e para as conferências de medidas e dimensões das aberturas;
Fio de prumo: para auxiliar o assentador na colocação dos blocos para garantir o prumo das paredes.
Sequência da elevação da alvenaria
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Instalação dos escantilhões
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Execução da segunda fiada
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Grauteamento
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Execução das instalações
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Previsões para instalação das esquadrias - portas
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Execução da cinta de amarração
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Colocação das lajes
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Revestimento das paredes
Instalação dos escantilhões
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Após a finalização da primeira fiada, conferir se as medidas estão de acordo com projeto. Em seguida assentar os escantilhões, fazendo coincidir a primeira marca com o nível da primeira fiada dos blocos.
Para a correta instalação são necessários os seguintes cuidados:
Regularização da superfície da laje;
Posicionamento do escantilhão no canto interno do encontro das paredes;
Furacão da laje e fixação dos pés do escantilhão com parafuso e bucha;
Verificação do prumo do escantilhão e aperto final dos parafusos dos pés telescópicos;
Regulagem da régua deslizante para fazer coincidir o nível do primeiro sulco e fixação da linha de nylon com o topo da primeira fiada. No caso do posicionamento do escantilhão antes de executar a primeira fiada, este nível será exatamente de 20 cm acima da conta do canto mais alto da laje.
Caso não existam escantilhões disponíveis na obra é imprescindível a construção dos castelos ou castelinhos para servir de referência para o assentamento dos blocos intermediários.
Assentamento da segunda fiada e dos blocos intermerdiários
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Colocação da linha
Estica-se a linha de um escatilhão a outro, ou de um castelo a outro, para que sejam definidos o alinhamento e o nível a ser seguido no assentamento dos demais blocos da parede a ser executada.
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Colocação da argamassa
Primeiramente são colocadas as argamassa horizontais sobre os blocos da fiada inferior. Em seguida é feito o encambeçamento do bloco a ser assentado, colocando-se a argamassa que formará a junta vertical da parede.
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Posicionamento do bloco
Com as duas mãos, faz-se a colocação dos blocos, apertando-o na horizontal e na vertical para que a argamassa das juntas fique bem aderida aos blocos já assentados.
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Ajuste do bloco
Com o auxílio de um martelo de borracha e feito o ajuste do bloco recém assentado, mantendo-o no nível e alinhamentos definidos. Utilize a colher para retirar o excesso da argamassa.
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Conferência do prumo e alinhamento
Verificar constantemente através de réguas de prumo e nível, o nivelamento e alinhamento do bloco assentado em relação aos blocos das fiadas anteriores.
Dica - Mantenha as espessuras das juntas o mais próximo possível de 1cm, isto é muito importante. Limpe a alvenaria após o frisamento. Utilize um pano grosso ou esponja seca para evitar machas esbranquiçadas sobre os blocos. Assentar os blocos até a altura do peitoril das janelas
Grauteamento
Posisionar as armaduras e executar o grauteamento vertical e horizontal.
Nos locais onde o projeto inidicar, os furos ou canaletas devem receber ferragem e graute.
Para a execução de aberturas de janelas, usam se as vergas e contravergas, que possuem a função de distribuir as cargas.
As vergas e contravergas são confeccionadas com canaletas "U" (grauteamento horizontal) preenchidas com graute e armadura.
Em determinados pontos, tais como os encontros de paredes, laterais de aberturas de portas e janelas é necessário o grauteamento dos furos maiores dos blocos (grauteamento vertical).
O graute é feito com cimento, cal, areia, pedrisco e bastante água, para preencher todos os vazios.
No gratueamento na horizontal, os procedimentos são semelhantes aos de uma concretagem convencional de vigas de concreto armado. Faz-se a limpeza das canaletas, posiciona-se a armadura e o graute é lançado.
No caso de vergas de porta, como normalmente são utilizadas portas de 2,10m de altura, é aconselhável o uso de uma peça pré-moldada sob a fiada dos blocos canaleta.
A régua de ajuste é assentada quando a elevação da alvenaria atingir o nível a altura da porta. Elas podem funcionar como apoio para o assentamento das canaletas da verga, bastando um escoramento provisório no centro do vão.
O grauteamento na vertical, é usualmente realizado em duas etapas. A primeira após a conclusão da sexta ou sétima fiada. A segunda imediatamente antes do assentamento das canaletas da cinta de amarração, seguindo-se os seguintes passos:
Vistas:* devem ser grauteados furos de dimensões mínimas de 7cmx10cm de altura ao pé de cada prumada a ser grauteada;
Limpeza dos furos dos blocos: deve-se proceder à eliminação das rebarbas das juntas nos vazados dos blocos com uma barra de aço e retirar, através das visitas, todo o entulho acumulado na base da parede. É necessário umedecer as paredes do furo.
Colocação a armadura: após a limpeza dos furos dos blocos, deve-se colocar a armadura de modo que ela fique posicionada na vertical, obedecento às prescrições do projeto.
Lançamento e adensamento: o lançamento do graute deve ser realizado no mínimo após 24 horas do assentamento dos blocos. Pode ser feito com balde apropriado para evitar perda de material e principalmente sujar as paredes. O graute pode ser adensado com auxílio de uma barra de aço. Deve-se observar a saída do graute pelas visitas, o que indica o preenchimento completo do furo, colocando-se posteriormente um pedaço de madeira para conter o seu escoamento.
Execução das instalações
As instalações elétricas e hidráulicas são incorporadas às paredes de alvenaria estrutural, sem que sejam feitos rasgos após a execução das mesmas.
Instalações elétricas
As etapas referentes às instalações elétricas realizadas durante a execução da alvenari são as passagens do eletrodutos e o posicionamento das caixas de passagens elétricas (locais onde serão instalados interruptores ou tomadas). As caixas podem ser posicionadas em blocos elétricos ou cortadas posteriormente com serras portáteis e discos imantados.
Como regra geral, os eletrodutos devem caminhar sempre na vertical, utilizando os vazados dos blocos, não sendo permitidos cortes horizontais para a interligação dos pontos.
os eletrodutos horizontais devem ser embutidos nas lajes ou nos pisos. As caixas de tomadas de interruptores podem ser previamente fixadas nos blocos que por sua vez, serão assentadas em posições determinadas, conforme indicado nas paginações das paredes.
Antes do assentamento das canaletas da cinta de amarração, o responsável pelas instalações deve percorrer a obra, executar cortes e fixar as caixas de passagem.
Instalações hidráulicas
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Não são permitidas passagens de fluídos em paredes de alvenaria estrutural, exceto quando a instalação e manutenção não exigirem cortes.
As opções para encaminhamento das tubulações são as seguintes:
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Horizontal
Pelas paredes hidráulicas (vedação);
Pelo forro, ou junto ao teto ou paredes encobertas por sancas de gesso;
Tubulação aparentes;
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Vertical
Furos verticais dos blocos das paredes hidráulicas (vedação);
Tubulações externas protegidas por carenagens;
Shafts.
A melhor alternativa, tanto do ponto de vista construtivo quanto estrutural, é o uso de shafts. Eles podem ser fechados com alvenaria ou painéis pré-fabricados parafusados à parede, permitindo a fácil remoção em caso de verificação e manutenção.
Os shafts são espaços destinados à concentração de prumadas hidronssanitárias, elétricas e de telefonia. Coma a sua adoção consegue-se retirar quase a totalidade das instalações hidrossanitárias da parede.
Dica: A proximidade dos banheiros e da conzinha racionaliza as instalações, diminuindo o número de prumadas e shafts. O box do banheiro é a localização mais adequadas para o shaft de hidráulica.
Previsões para instalações das portas
Modulação e ajustes de portas
Para obter o ajuste do vão horizontal das portas, partimos das seguintes considerações:
Espessura dos batentes de 3,5cm.
Fixação dos batentes de madeira com espuma de poliuretano ou aparafusadas.
Fixação dos batentes metálicos com parafusos e buchas.
Batentes de folhas de madeira com as medidas de 62, 72 e 82 cm.
Batentes metálicos com folhas de 60, 70 e 80cm.
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Para as folhas de 72cm, com vão modular de 91cm, os mesmos componentes devem ser usados nas duas paredes laterais.
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Detalhe da instalação dos batentes
A instalação dos batentes na alvenaria estrutural pode ser executada de três maneiras:
​Execução de instalação do batente simutaneamente ao levante das paredes.
Quando a alvenaria estiver à meia altura, os batentes são posicionados e aprumados. A ligação do batente com a alvenaria é feita através de pregos 19x35 ou grapas de ferro, que são chumbados aos blocos na lateral do vão da porta. Estes blocos laterais dos batentes devem ser grauteados, a fim de ligar as grapas ao graute e conferir firmeza do batente. A vantagem deste método é a possibilidade de percepção do prumo da alvenaria durante a execução da mesma.
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Instalação dos batentes já com a alvenaria pronta.
Os blocos dalateral do vão do batente também devem estar grauteados. Com o auxílio de uma furadeira de impacto e broca especial para concretos, são executados furos que ligarão o batente a alvenaria. Neste caso o prumo da alvenaria e o alinhamento dos furos devem estar milimetricamente conferidos, pois não haverá possibilidade de correção ou ajustes.
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A terceira e mais racional é a fixação dos batentes de madeira com espuma de poliuretano.
Execução da cinta de amarração para apoiar a laje
A cinta de amarração é a última fiada de alvenaria do pavimento, sobre a qual iremos apoiar a laje. Os blocos utilizados para a cinta são as canaletas "U" e "J", que são vazadas e permitem a continuidade do graute e da armadura na cinta.
A principal função da cinta é a de travar as paredes para facilitar a transmissão de esforços horizontais, provenientes das lajes verticais, devidos às paredes dos pavimentos superiores. A cinta deve estar perfeitamente em nível para não prejudicar a confecção da laje.
Veificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, alinhamento das canaletas da última fiada e aplicar as armaduras e grautes.
As canaletas devem ser previamente grauteadas antes da colocação das lajes. É fundamental que seja realizada a ancoragem da armadura da cinta de amarração.
Colocação das lajes
Podemos utilizar qualquer tipo de laje em obras de alvenaria estrutural, para prédios mais altos (acima de 5 pavimentos) recomenda-se a utilização de lajes maciças bidirecionais devido a melhor distribuição dos carregamentos nas paredes.
Para evitar fissuras nas paredes do último pavimento, provocadas pela movimentação térmica da laje, deve-se adotar os seguintes procedimentos:
Divisão das lajes em partes menores, com juntas de dilatação sobre as paredes;
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Proteção térmica;
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Ventilação do telhado;
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Isolamento da última laje da parte de apoio com manta asfáltica. Neste caso as paredes do último andar ficam separadas da laje, de maneira a permitir que a mesma se movimente sobre a parede.
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Revestimento das paredes
Como as paredes são executadas com maior rigor em relação ao prumo e alinhamento, além da alta precisão dimensional dos blocos, dos revestimentos tradicionais, chapisco, emboço e reboco, podemos trabalhar com revestimentos de espessuras mínimas como gesso aplicado na face interna e argamassa industrializada já pigmentadas e aplicadas diretamente na face externa do bloco, isso proporciona alta produtividade e economia de material e mão de obra.
Controle de Alvenaria Estrutural de Blocos Cerâmicos
Como todos os demais sistemas construtivos, devemos controlar a execução da alvenaria, para que o que foi especificado pelo projetista seja realmente execcutado. O corpo de prova neste caso é o prisma.
Dica: o prisma é o corpo de prova formado pela união de dois blocos com a argamassa de assentamento utilizada na obra, que neste caso chama-se: "prisma oco". Quando queremos também testar o graute, utilizamos o "prisma cheio", onde os furos maiores são cheios como o graute.
A NBR 15812-2 (ABNT, 2010) permite controles diferenciados caso as obras sejam de maior ou menor exigência estrutural.
Controles da Alvenaria em obras.
No caso de maior exigência estrutural existe o controle padrão e o controle otimizado. No caso do controle otimizado utilizado para edificações isoladas e iguais são.
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Controle dos materiais e alvenaria em obra
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Controle sistemático da resistência do bloco
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Controle da argamassa
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Controle do graute e do prisma
Controle do bloco:
Controle feito no recebimento.
Controle da argamassa e Graute:
Controle pelo ensaio de resistência à compressão.
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Obras de menor exigência estrutural - caracterização é suficiente;
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Obras de maior exigência estrutural - estabelece um limite para a dispersão dos resultados de ensiaos de resistência à compressão axial.
Controle de alvenaria:
Controlada através de ensaios de prismas.
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A forma de controle das resistências dependerá da probabilidade relativa de ruptura da alvenaria em função da razão entre a resistência característica especificada em projeto e a resistência característica obtida nos ensaios de caracterização.